ainda me lembro dos tempos em que ser influente era ter uma posição de poder político e/ou social. nessa altura, influentes eram pessoas maiores de idade e, geralmente, com cargos importantes que se mantinham à tona de uma sociedade desigual.
hoje, qualquer um pode ser influente desde que tenha uma pequena legião de pessoas a seguirem-no à velocidade de um scroll. e pode ser que nem 16 anos tenha, continua a ser influente, porque influencía – consciente ou inconscientemente – os seus seguidores. seguidores, como se de um jesus cristo se tratasse, dando o seu sermão e difundindo a sua religião pelo mundo. mas ser cavaleiro do digital tem o seu peso e há que ter consciência disso. como queremos influenciar as pessoas que nos admiram e nos seguem? que exemplo queremos dar? o que desejamos para nós e, sobretudo, para elas? afinal, existe uma responsabilidade social por detrás do ecrã que o título de influenciador não pretende esconder.
ser influenciador começa no ato mais simples, como oferecer a uma criança o seu primeiro disco. aquela criança jamais se irá esquecer do momento que partilhou com o seu influenciador e, provavelmente, aquele será o género musical que mais lhe irá marcar a vida. podemos influenciar-nos uns aos outros das mais diversas formas, mas que seja para o bem. e, sobretudo, por mais influenciado que venhas a ser – e todos somos – lembra-te: mantém a tua identidade.
é cada vez mais difícil distinguirmo-nos, para além do filtro.